Título Declaração — Isto não é um manifesto
Autores Antonio Negri e Michael Hardt
Tradução  Carlos Szlak
Ano 2016 | 2ª edição
Nº de páginas 144
Dimensões 12 x 17 cm (brochura)
ISBN 978-85-66943-09-2
Preço de capa R$ 32,00
Título aplicado com stêncil e spray
No contexto da crise social e política corrente, como entender o ciclo de lutas que nasceu na Tunísia, floresceu nos países árabes, passou pela Europa, acampou em Wall Street e hoje toma conta das ruas 
brasileiras? O que exige a multidão? Quais as estratégias possíveis para criar novas formas de governar? Através da investigação das condições sociais e políticas em que essas lutas se originaram, os filósofos Antonio Negri e Michael Hardt atacam as quatro figuras subjetivas produzidas pela crise: o endividado, o mediatizado, o securitizado e o representado. Trata-se de um convite para que cada um se liberte daquilo que o mantém oprimido - seja a dívida, a mídia, o medo, ou a despotencialização política. O objetivo dessa declaração é simples: contribuir para a construção de uma sociedade mais horizontal, fundada naquilo que é comum.

"Acreditando que somente um processo constituinte baseado no comum pode proporcionar uma alternativa real, consideramos que estas verdades dispensam explicações: de que todas as pessoas são iguais, de que adquiriram por meio da luta política certos direitos inalienáveis, de que, entre esses direitos, incluem-se a vida, a liberdade e a busca da felicidade, e também o acesso livre ao comum, a igualdade na distribuição da riqueza e a sustentabilidade do comum."

Michael Hardt e Antonio Negri

Antonio Negri [1933] é um filósofo e militante italiano. Especialista em Filosofia do Direito, escreveu de maneira original sobre Espinosa, Marx e Leopardi. Durante os anos 1960 participou do operaísmo italiano e de diversos movimentos de extrema esquerda. Seu engajamento político custou-lhe, em 1979, a acusação infundada de ser o mentor intelectual do sequestro e assassinato do líder da Democracia Cristã, Aldo Moro, pelas Brigadas Vermelhas. Após anos de prisão, exilou-se na França, onde lecionou na Universidade de Paris VII e no Collège International de Philosophie. Lá, estreitou laços com o pensamento de Gilles Deleuze, Félix Guattari e Michel Foucault, os quais marcaram profundamente sua trajetória teórica posterior. Em 1997, voltou voluntariamente à Itália para cumprir mais seis anos e meio de detenção e assim desbloquear a situação dos detentos políticos remanescentes. Na esteira das mutações no mundo do trabalho e na esfera do poder que marcaram o final do século XX, tão decisivas quanto incompreendidas, escreveu Império [2000], Multidão [2004] e Commonwealth [2009], todos em coautoria com o norte-americano Michael Hardt [1960], seu ex-aluno, atualmente professor do departamento de Literatura da Duke University e editor da South Atlantic Quarterly.